(RIFT VALLEY)
Depois de todos os imprevistos que se nos depararam na costa resolvemos regressar a Nairobi o mais rapidamente possível para reorganizar o resto da viagem. Optamos por viajar de noite para poupar tempo e recorremos à companhia de autocarros que nos foi recomendada como a mais confortável e eficiente. Partimos de Malindi sob o lusco-fusco das 7h da tarde e chegamos a Nairobi ao raiar do dia às 5 e tal da manhã. Pelo meio, uma viagem memorável, num autocarro que desafia todos os princípios ergonómicos e que ganha aos pontos à Ryanair no que respeita à falta de espaço entre os bancos. Viajamos basicamente ensanduichadas entre o banco de trás e o da frente, tipo dominó: se o banco da frente se reclina, temos de fazer o mesmo e por aí em diante até toda a fila estar reclinada. Tivemos direito a uma paragem para as autoridades inspeccionarem o autocarro em que fomos todos obrigados a sair para um parque, a meio da noite e ,em fila, dirigirmo-nos aos senhores guardas que muito ensonados e encostados à parede espreitavam as nossas carteiras e quando se sentiam menos cansados lá conseguiam revistar-nos. Depois mandavam-nos para o meio do parque em filas sem nos explicarem nada até que nos deixaram de novo seguir viagem. A Zimbie para variar dormiu o tempo todo e eu pobre de mim, de cada vez que acordava, quase que rezava para voltar a adormecer depressa de maneira a não me aperceber da velocidade alucinante do autocarro pelo meio de uma estrada sem luz e em muitos lugares sem alcatrão.
Mas adiante… falemos de Subukia. Estávamos nós à procura de um lodge simpático e económico no Lago Nakuru, quando um belo dia entramos num talho e vimos no balcão folhetos de um lugar muito interessante por preços ainda mais interessantes, perto do lago. É uma daquelas coisas inesperadas que fazem parte do meu
Foi uma espécie de recompensa dos deuses pelos trabalhos passados em Malindi. Telefonamos para o número do folheto, reservamos a viagem e ainda tivemos direito a boleia de ida e de volta, porque o Eric e a Astrid estavam em Nairobi. São os donos da quinta, duas p
Passamos lá uns belos dias, rodeadas de gente amável e interessante (não só os donos mas todo o staff da quinta) no meio da natureza e da tranquilidade. Gostei particularmente de ter d
O incidente mais insólito aconteceu quando um belo dia eu resolvo ir passear a cavalo depois do almoço enquanto a Zimbie resolve ficar recostada a fazer a digestão e a ler em frente ao lago. Note-se que já andei muitas vezes a cavalo, já fiz muitos passeios de horas e dias inteiros a cavalo, note-se ainda que havia um guia à minha frente e um tratador de cavalos no chão ao meu lado a segurar as rédeas enquanto eu desapertava o impermeável atado à cintura porque começava a chover. Note-se muito bem que o meu cavalo estava totalmente imobilizado e seguro pelo tratador, quando de repente, sem saber porquê o
A partir da Muringa Farm fomos ao maravilhoso Parque Nacional do Lago Nakuru, mas essa história fica para mais tarde.
7 comentários:
Mas que duas à solta ! Queremos um filme para acompanhar o relato. Será possível?
Beijinhos e até breve
Linda, o que nos rimos no fds passado com a história do cavalo Santos! :) E teres sido tu a vítima (e não a nossa querida íman-de-acidentes-inexplicáveis Zimbie) é que é de espantar. Ainda bem que tudo acabou apenas com uma nódoa negra. :)
Não tenho grande coisa a acrescentar a esta parte a não ser que andávamos à procura de ingredientes Tuga para fazer um jantar Thanksgiving para os nossos benfeitores de Malindi e Mombasa :)
Ah, e que a AQ passou meia hora a tentar convencer-me a ir andar com ela de cavalo, e eu a dizer não muito docemente, que conheci os meus limites, e que não ia andar a "stretch my luck" ou “try my luck”, como lhe disse várias vezes :-)) Estava tudo a correr tão lindamente, não me tinha acontecido nada de extraordinário, porque havia eu de me por em cima de uma bicho enorme (lindo diga-se de passagem, que adoro cavalos e ficaram registados em muitas fotos!) quando não sei andar e não ia saber dominar a criatura??!! Nem com um guia a segurar-me as rédeas!! Nem com ela essa parte funcionou! Ela não conseguiu convencer-me e lá fui eu ler o meu livro e tirar fotos aos macaquinhos que enchiam as árvores em redor do nosso restaurante :-) Quando ela me aparece pouco menos de uma hora mais tarde, a mancar e dorida, explicou-me o que lhe tinha acontecido, fiquei a olhar para ela, e desatei à gargalhada, não consegui evitar :-) É o que fazem comigo quando me dá um dos meus ‘acidentes’!
Gabriela, depois de tanta insistência tua sou finalmente seguidor do teu blog. E confesso que me dá muito prazer ir sabendo das tuas andanças e aventuras pelo Quénia. Principalmente quando são tão engraçadas como a tua queda do cavalo:)) O episódio é tão cómico e está tão bem descrito que conseguiste arrancar-me algumas risadas em plena Biblioteca Municipal de Matosinhos! Parabéns pela qualidade narrativa dos teus posts. Fiquei fã!
Beijos e boas viagens.
PS: esqueci de dizer que desatamos as DUAS à gargalhada, mas a tadinha da nossa AQ com mais dificuldade :-)
Fernanda
Filmes não temos :) Só mesm o relatos e fotografias!
Sarinha
Estou a ver o vosso jantar, estou :)... e a nódoa negra já desapareceu.
Zimbie
Tá tudo explicado :P
Filipe
Bem-vindo! K bom ver-te por cá :)
Beijinhos.
Zimbie outra vez
LOL eu ria-me enquanto ia segurando o gelo na anca... e mexia-me mt devagarinho! Pensando bem, eu apanhei um belo susto :)
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